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Notícias

Salve a Malandragem

02-10-2013 01:11

Respeite a casa de Umbanda em que você esta pisando.

02-09-2013 21:09
Dentro das religiões de matriz africana um termo é constantemente usado por seus praticantes. O termo “XOXAR”. Isso mesmo irmãos. Xoxar seria observar com reservas, criticar, questionar, avaliar, reparar pra depois de apuradas as impressões sempre superficiais gerar um preconceito sobre o que...

A fé pela qual me ajoelho é a mesma que me coloca em pé!

02-09-2013 21:06
      É muito comum que as pessoas que não conhecem a UMBANDA quando começam a caminhar dentro da religião e experimentar as primeiras bençãos, assim que algo de ruim acontece questionam a espiritualidade e deixam sua fé ser abalada.  Calma irmão! Nem sempre o que você precisa...

AS QUATRO LEIS DA ESPIRITUALIDADE

04-08-2013 00:17
Na Índia, são ensinadas “quatro leis da espiritualidade”: A primeira diz: "A pessoa que vem é a pessoa certa". Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo conosco, têm algo para nos fazer aprender e evoluir em cada situação.  A segunda lei diz:...

Aldeia Pena Branca 4 anos!

29-07-2013 23:24
Meus filhos! Nossa vida é uma eterna caminhada, E nessa jornada, a estrada é longa, os trajetos nos revelam surpresas, alegrias , tristezas, mas é a perseverança, a determinação que nos fazem continuar...sempre em frente. Um dia resolvemos iniciar essa jornada em busca de nossos sonhos, de nossos...

COMO NAO DIZER QUE VOCÊ É UMBANDISTA?

24-07-2013 16:29
https://www.youtube.com/watch?v=wFsXW0N0Pv4&feature=youtu.be Olá irmãos e amigos do UMBANDA RIO e Site da Aldeia Pena Branca,  Admiro todas as iniciativas visando a promoção e divulgação da UMBANDA como religião, desfazendo equívocos, corrigindo falhas históricas e trazendo a reflexão...

OS 4 ACORDOS PARA UMA VIDA MELHOR

24-07-2013 16:27

ANIVERSÁRIO 4 ANOS DA ALDEIA PENA BRANCA

09-07-2013 01:11
   Clique  no PPS, e veja a homenagem aos 4 anos de existência da Aldeia.      ALDEIA 4 ANOS.PPS.ppsx (6474681)  

Oração a Xangô

09-07-2013 01:10

Sou Umbanda

25-06-2013 23:09
Sou Umbanda       Sou a fuga para alguns, a coragem para outros.       Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas.       Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros...
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UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS

17-12-2013 16:35

UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS - Inédito, do livro “Um pedaço de chuva no bolso” - José Geraldo Neres.

UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS

 

Sou os pés descalços a perambular Palmares. A molhar a terra com o suor: as lágrimas são bichos incansáveis, e não servem para plantação. Os pés dançam, dançam a construir o abrigo de minha liberdade. Sou o velho a olhar dois machados: igual corte e peso. A infância pula de um galho para outro: não conhece distância, nasce livre numa palhoça, conhece as histórias antigas que o oceano engole. Tenho as mãos pequenas, e a uma pedreira a crescer nos olhos. Ganho um arco do velho índio a procurar o lugar onde a paz mora. E quatorze flechas banhadas nas águas da cachoeira, untadas com guiné, arruda, alecrim, e sal grosso. Antes de sair, recebo as benções daquela que me trouxe: hoje escuto pela primeira vez a sua voz. Nos meus ouvidos ela diz um nome: esse é aquele que ninguém mais sabe, nele reside o tempo passado, o presente, e aquele que ainda estar por nascer. Não caminhe para tão longe: essa é a segunda vez que escuto a sua voz. Pés descalços, neles: a história que ficou deste lado do oceano. Sinto pela terceira vez a voz daquela que me deu a vida: ela se desfaz na terra molhada. 

 

No sangue tenho um quilombo, o mestiço, o caboclo, a cerâmica quebrada, o chocalho, o ferro, a palha, a cabaça, a lança: eles fluem por cada parte do corpo, aquele que não se diz o nome. Sou o machado, e a folha da erva: um lado cura o outro: ninguém apaga. A promessa escrita na areia: o vento não consegue juntar as palavras. Inclino o corpo, dobro os pés, os joelhos no chão, a cabeça toca três vezes: primeiro ao centro, à direita, e à esquerda: meus ancestrais sorriem em meus caminhos. Quando nas águas, peço em silêncio, também sou água, e nela me renovo: três vezes. 

 

A vida carrega no ventre meus irmãos, no corpo: tinta de guerra, e as marcas do açoite. A morte não tem olhos, e pés rápidos: o berimbau suas mãos não tocam. Capoeira, maculelê, e samba de roda: ela mantém distância. Traz nos bolsos folhas de mamona, o tempo daqueles que não podem ser cicatrizados, antes que fios se rompam. 

 

Na pedreira estão os machados. Quarta-feira, nas mãos ela tem pedras de raio, e eu tenho pedra de fogo, mas tenho meus pés descalços. O asfalto quente, outro navio, o barro permanece: não peço sangue, sinto o cheiro do tabaco, e o som dos atabaques: Zambi me trouxe. Zambi vai me levar.

 

Inédito, do livro “Um pedaço de chuva no bolso” - José Geraldo Neres.