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Notícias

A Importância do Estudo na Umbanda

25-03-2013 22:01
    A Importância do Estudo na Umbanda de Nossos Irmãos Umbanda força e Luz, por Etiene Sales Muitos médiuns Umbandistas não gostam de estudar sobre a Religião de Umbanda, assim como alguns sacerdotes não permitem que seus médiuns estudem e façam perguntas, questionem, evoluam em...

Povo do Santo é hora da União!

25-03-2013 21:50
Irmãos Umbandistas. Vivemos um momento muito difícil. Por mais de 100 anos vivemos lutando e impondo de forma pacífica e ordeira nossa crença e nossos valores e mesmo na contra mão, remando contra a maré alcançamos muitas conquistas. Temos a simpatia de grande parte da população brasileira de...

A Mística do número 13

11-03-2013 13:12
A MÍSTICA DO NÚMERO 13 Essa matéria é uma das mais curiosa, afinal desde sempre a gente ouve que o número 13 da sorte ou azar, que sexta-feira 13 é um dia que tem de sair bem atento onde infelizmente usam o termo "As Bruxas estão a solta" e, é muito comum associarmos este número com as antigas...

Conhecendo os Boiadeiros de Umbanda.

04-03-2013 16:56
  São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de Umbanda. Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que...

Encontro com os Orixás

07-02-2013 13:26
Eu fui consultar um Babalawo, em busca da felicidade. Ele me disse para ir até a encruzilhada, que lá eu encontraria o Senhor da Alegria. Fiz minha oferenda, coloquei minha roupa branca e comecei minha jornada. Conheci Exú lá na encruza, rodando com suas cabaças a balançar, e dando uma boa...

Os 7 Ensinamentos da Umbanda

07-02-2013 13:24
OS 7 ENSINAMENTOS DA UMBANDA 1 – Humildade – Ao vestir o branco, entender o porque dessa cor, ela simboliza a pureza das atitudes, a clareza espiritual. Você, ao por os pés no terreiro, entra com quais pensamentos? Você se sente um médium preparado para servir de intercambio entre os mundos? 2 –...

Somos ou estamos Umbandistas?

07-02-2013 13:22
SOMOS OU ESTAMOS ??   Amigos, em algum momento de suas caminhadas vocês já se perguntaram se SÃO ou ESTÃO Umbandistas? Ser Umbandista é não ter vergonha de dizer que é UMBANDISTA. Estar Umbandista é fugir do assunto quando perguntado. ... Ser Umbandista é ir para o terreiro pensando em ajudar...

Meu Guia Chefe

07-02-2013 13:19
  Meu guia chefe Percorrendo nossa caminhada espiritual enquanto médiuns iremos nos encontrar com vários espíritos trabalhadores que influenciarão muito em nossas vidas. Todos os guias em que vibramos e conhecemos são com certezas muito importantes pra nós, mas sem duvida nenhuma todos nós...

Vamos orar pelos Irmãos da Tragédia de Santa Maria!

30-01-2013 20:51
    Mensagem mediúnica recebida no Centro Espírita Bezerra de Menezes, localizado em Santa Maria, no trabalho de domingo à noite dia 27 de janeiro de 2013, em relação a tragédia. "Queridos irmãos, obrigada pela colaboração, eis aí um momento de muita dor, eis aí um momento de...

A Visão técnica da postura do dirigente e sua relação com os médiuns da casa

30-01-2013 20:46
A visão técnica da postura de um dirigente e sua relação com os médiuns da casa Estivemos conversando, dia desses, sobre a questão “dirigente” e acabamos levantando algumas questões sobre o assunto. Questões muito pertinentes, principalmente com relação a mania que temos de “endeusar” o dirigente,...
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UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS

17-12-2013 16:35

UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS - Inédito, do livro “Um pedaço de chuva no bolso” - José Geraldo Neres.

UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS

 

Sou os pés descalços a perambular Palmares. A molhar a terra com o suor: as lágrimas são bichos incansáveis, e não servem para plantação. Os pés dançam, dançam a construir o abrigo de minha liberdade. Sou o velho a olhar dois machados: igual corte e peso. A infância pula de um galho para outro: não conhece distância, nasce livre numa palhoça, conhece as histórias antigas que o oceano engole. Tenho as mãos pequenas, e a uma pedreira a crescer nos olhos. Ganho um arco do velho índio a procurar o lugar onde a paz mora. E quatorze flechas banhadas nas águas da cachoeira, untadas com guiné, arruda, alecrim, e sal grosso. Antes de sair, recebo as benções daquela que me trouxe: hoje escuto pela primeira vez a sua voz. Nos meus ouvidos ela diz um nome: esse é aquele que ninguém mais sabe, nele reside o tempo passado, o presente, e aquele que ainda estar por nascer. Não caminhe para tão longe: essa é a segunda vez que escuto a sua voz. Pés descalços, neles: a história que ficou deste lado do oceano. Sinto pela terceira vez a voz daquela que me deu a vida: ela se desfaz na terra molhada. 

 

No sangue tenho um quilombo, o mestiço, o caboclo, a cerâmica quebrada, o chocalho, o ferro, a palha, a cabaça, a lança: eles fluem por cada parte do corpo, aquele que não se diz o nome. Sou o machado, e a folha da erva: um lado cura o outro: ninguém apaga. A promessa escrita na areia: o vento não consegue juntar as palavras. Inclino o corpo, dobro os pés, os joelhos no chão, a cabeça toca três vezes: primeiro ao centro, à direita, e à esquerda: meus ancestrais sorriem em meus caminhos. Quando nas águas, peço em silêncio, também sou água, e nela me renovo: três vezes. 

 

A vida carrega no ventre meus irmãos, no corpo: tinta de guerra, e as marcas do açoite. A morte não tem olhos, e pés rápidos: o berimbau suas mãos não tocam. Capoeira, maculelê, e samba de roda: ela mantém distância. Traz nos bolsos folhas de mamona, o tempo daqueles que não podem ser cicatrizados, antes que fios se rompam. 

 

Na pedreira estão os machados. Quarta-feira, nas mãos ela tem pedras de raio, e eu tenho pedra de fogo, mas tenho meus pés descalços. O asfalto quente, outro navio, o barro permanece: não peço sangue, sinto o cheiro do tabaco, e o som dos atabaques: Zambi me trouxe. Zambi vai me levar.

 

Inédito, do livro “Um pedaço de chuva no bolso” - José Geraldo Neres.