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Notícias

Trilogia Aldeia Pena Branca - 3 Anos em 26/07/2012

09-07-2012 16:00
  Fraternidade Umbandista Aldeia Caboclo Pena Branca – Uma História de Amor   Nossa Fraternidade iniciou seus trabalhos com 5 médiuns em 26/07/2009 em um Pequeno terreiro em Marechal Hermes no dia de Nanã Buruque, nossa Vovó de Umbanda, que nos ajudou com sua força da criação e...

Nem todos São da Umbanda

09-07-2012 14:50
   

O QUE É ARUANDA?

07-05-2012 20:57
Vamos lá! Pesquisem....vamos debater! Deixe sua resposta no link Livro de visitas, ou nos envie um post no link " Contatos"...vamos estudar juntos. Sua opinião é muito importante para nós! Só dividindo conhecimento vamos construir cada vez mais uma Umbanda Séria de Paz e amor! Paz e...

Eu sou umbandista e faço caridade

02-04-2012 21:19
      Tenho lido vários posts que dizem" Eu sou umbandista e faço caridade." Será que essas pessoas são tão pressunçosas a ponto de se acharem melhor que seus guias?Ou simplesmente não entendem que eles são apenas instrumentos da espiritualidade na manifestação da caridade...

ATÉ ONDE VAI SUA RESPONSABILIDADE ENQUANTO MEMBRO DE UMA CASA UMBANDISTA?

02-04-2012 21:17
      ATÉ ONDE VAI SUA RESPONSABILIDADE ENQUANTO MEMBRO DE UMA CASA UMBANDISTA? Deve haver dentro de cada um de nós, a consciência de que a nossa responsabilidade espiritual não se limita a “vestir o branco”, e participar das Sessões Espíritas. Temos que nos mostrar...

Não Confunda o médium com a entidade!

13-03-2012 17:55
  Não confunda o MÉDIUM com a ENTIDADE! É muito comum ver esse tipo de confusão sendo feita pelos consulentes, pessoas que vão ali no terreiro para conversar com as entidades, pedir conselhos ou apenas ouvir uma palavra de conforto pois, muitas vezes, elas fixam em suas cabeças a imagem...

Axé da Noite

14-02-2012 19:56
  Axé da Noite Axé a todos os "Seus" e a todas as "Marias"! Saravá Seu Tranca Rua...  Marabô, Sete Brasas, Tatá Caveira, Meia Noite, Arranca Tôco, Tiriri... Capa Preta! Mojubá Maria Mulambo...  Farrapo, Padilha, Rosa Vermelha, Menina, Navalha, Rainha, Sete Saias......

Curiosidades na Umbanda

01-01-2012 17:08
  OS 10 MANDAMENTOS DE UMBANDA:     Os 10 Mandamentos que governam a Umbanda são: 1) Sempre responder o mal com o bem; 2) A intolerância com a fraternidade; 3) A calúnia com o perdão; 4) A incredulidade com a fé; 5) A indiferença com a caridade; 6) A...

"Surra dos Guias?"

27-12-2011 21:06
  Muitos são os mitos que surgem dentro da Umbanda e a “surra” dos Guias é um deles.     Infelizmente esse mito insiste em perdurar no meio umbandista.   Várias são as pessoas que procuram terreiros ou se afastam da religião afirmando que a...

Feliz 2012 Axé!

27-12-2011 20:59
Mais um ano novo se aproxima... Todas as nossos sonhos, esperanças e desejos estão no ar. É tempo de renovar os votos da construção de um mundo melhor... É tempo de renovarmos a nossa fé em Olorum, nos Orixás, em nossos guias, mentores e protetores. É tempo de agradecer...   Obrigado...
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UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS

17-12-2013 16:35

UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS - Inédito, do livro “Um pedaço de chuva no bolso” - José Geraldo Neres.

UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS

 

Sou os pés descalços a perambular Palmares. A molhar a terra com o suor: as lágrimas são bichos incansáveis, e não servem para plantação. Os pés dançam, dançam a construir o abrigo de minha liberdade. Sou o velho a olhar dois machados: igual corte e peso. A infância pula de um galho para outro: não conhece distância, nasce livre numa palhoça, conhece as histórias antigas que o oceano engole. Tenho as mãos pequenas, e a uma pedreira a crescer nos olhos. Ganho um arco do velho índio a procurar o lugar onde a paz mora. E quatorze flechas banhadas nas águas da cachoeira, untadas com guiné, arruda, alecrim, e sal grosso. Antes de sair, recebo as benções daquela que me trouxe: hoje escuto pela primeira vez a sua voz. Nos meus ouvidos ela diz um nome: esse é aquele que ninguém mais sabe, nele reside o tempo passado, o presente, e aquele que ainda estar por nascer. Não caminhe para tão longe: essa é a segunda vez que escuto a sua voz. Pés descalços, neles: a história que ficou deste lado do oceano. Sinto pela terceira vez a voz daquela que me deu a vida: ela se desfaz na terra molhada. 

 

No sangue tenho um quilombo, o mestiço, o caboclo, a cerâmica quebrada, o chocalho, o ferro, a palha, a cabaça, a lança: eles fluem por cada parte do corpo, aquele que não se diz o nome. Sou o machado, e a folha da erva: um lado cura o outro: ninguém apaga. A promessa escrita na areia: o vento não consegue juntar as palavras. Inclino o corpo, dobro os pés, os joelhos no chão, a cabeça toca três vezes: primeiro ao centro, à direita, e à esquerda: meus ancestrais sorriem em meus caminhos. Quando nas águas, peço em silêncio, também sou água, e nela me renovo: três vezes. 

 

A vida carrega no ventre meus irmãos, no corpo: tinta de guerra, e as marcas do açoite. A morte não tem olhos, e pés rápidos: o berimbau suas mãos não tocam. Capoeira, maculelê, e samba de roda: ela mantém distância. Traz nos bolsos folhas de mamona, o tempo daqueles que não podem ser cicatrizados, antes que fios se rompam. 

 

Na pedreira estão os machados. Quarta-feira, nas mãos ela tem pedras de raio, e eu tenho pedra de fogo, mas tenho meus pés descalços. O asfalto quente, outro navio, o barro permanece: não peço sangue, sinto o cheiro do tabaco, e o som dos atabaques: Zambi me trouxe. Zambi vai me levar.

 

Inédito, do livro “Um pedaço de chuva no bolso” - José Geraldo Neres.