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Notícias

PORQUE VOCÊ ESTÁ NA UMBANDA

02-07-2014 23:33
  Porque você está na Umbanda? "Estou na Umbanda porque estou doente" - Saia da Umbanda irmão! A Umbanda não vende curas, procure um hospital. "Estou na Umbanda porque é minha missão" - Saia da Umbanda irmão! A Umbanda assim como a espiritualidade respeita o livre arbítrio, não se sinta...

Exu não é diabo

02-07-2014 23:25
Eu não me canso de dizer... Tá difícil ser UMBANDISTA. Temos muito pelo que lutar... Temos muito o que defender... Até aconselhado a não polemizar mais eu fui... Tá bom ...e deixar tudo como está? E continuar sendo confundido com praticante de BAIXA MAGIA?  E já me disseram" Deixa pra...

MEDIUNIDADE NA BIBLIA

04-05-2014 17:35
Quando um evangélico criticar nossa religião, use as informações abaixo: Mediunidade na Biblia. Sinônimos: Os médiuns, aqueles que tem o dom da mediunidade, foram chamados das mais diversas formas durante o correr da história: Pítons, pitonisas, siblilas, profetas, videntes, sacerdotes,...

NO TEMPO DOS ATABAQUES

04-05-2014 17:32
No tempo dos atabaques Os terreiros espíritas nas favelas do Rio tiveram seu auge entre os anos 40 e 60. Na década de 70, eles começaram a fechar as portas nos morros para reabrir em cidades da Baixada Fluminense, em áreas mais isoladas. Segundo alguns praticantes da Umbanda e do Candomblé, a lei...

QUANDO ACABA UM TERREIRO DE UMBANDA

04-05-2014 17:28
  QUANDO ACABA UM TERREIRO DE UMBANDA UM TERREIRO de Umbanda acaba quando a vaidade é maior que a caridade; UM TERREIRO de Umbanda acaba quando a fofoca e a intriga são maiores que o estudo e a disciplina; UM TERREIRO de Umbanda acaba quando a maledicência fala mais alto que a...

CINCO MOTIVOS QUE ATRAPALHAM SUA MEDIUNIDADE!!!!

01-04-2014 22:17
CINCO MOTIVOS QUE ATRAPALHAM SUA MEDIUNIDADE!!!! 1. Soberba Acreditar que você é melhor que outras pessoas e ter como costume humilhar ou ridicularizar pessoas ou irmãos a sua volta, com certeza não é um sentimento que irá fortalecer seu caráter e sua mediunidade. Somos todos filhos do mesmo...

O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz.

01-04-2014 22:09
    O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz. O pensamento do filósofo e escritor americano, Ralph Waldo Emerson, precisa de nossa atenção. Ações falam muito mais de nós mesmos do que nossas palavras. Nossas palavras articulam-se por conveniência, por...

Sua casa para na Quaresma?

06-03-2014 21:54
  Sua casa para na QUARESMA? CARNAVAL, QUARESMA E UMBANDA Muitos centros de umbanda fecham ou tem o atendimento limitado no período do carnaval e quaresma mesmo não sendo datas ligadas a nossa religião. Porque isso acontece? A dúvida sobre o...

OFERECER AO INVES DE SUGAR

04-02-2014 23:19
OFERECER AO INVES DE SUGAR - BUDA VIRTUAL Quando você for para o trabalho, para a faculdade, para uma balada, não vá com uma postura de buscar algo, conseguir algo, sugar algo do local ou das pessoas. Vá para oferecer, vá para gentilmente entregar às pessoas as qualidades de sua simples presença....

UMBANDA É OU NÃO CRISTÃ?

04-02-2014 23:16
A Umbanda é ou não Cristã? Bem, existem aqueles que defendem a idéia de que a Umbanda não poderia ser cristã, pois esta seria uma religião baseada nos cultos afros. Dentro da visão desses irmãos, apesar do respeito que demonstram, Jesus Cristo é apenas uma figura simbólica, relacionada através do...
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UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS

17-12-2013 16:35

UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS - Inédito, do livro “Um pedaço de chuva no bolso” - José Geraldo Neres.

UM OCEANO SEPARA MEUS BRAÇOS

 

Sou os pés descalços a perambular Palmares. A molhar a terra com o suor: as lágrimas são bichos incansáveis, e não servem para plantação. Os pés dançam, dançam a construir o abrigo de minha liberdade. Sou o velho a olhar dois machados: igual corte e peso. A infância pula de um galho para outro: não conhece distância, nasce livre numa palhoça, conhece as histórias antigas que o oceano engole. Tenho as mãos pequenas, e a uma pedreira a crescer nos olhos. Ganho um arco do velho índio a procurar o lugar onde a paz mora. E quatorze flechas banhadas nas águas da cachoeira, untadas com guiné, arruda, alecrim, e sal grosso. Antes de sair, recebo as benções daquela que me trouxe: hoje escuto pela primeira vez a sua voz. Nos meus ouvidos ela diz um nome: esse é aquele que ninguém mais sabe, nele reside o tempo passado, o presente, e aquele que ainda estar por nascer. Não caminhe para tão longe: essa é a segunda vez que escuto a sua voz. Pés descalços, neles: a história que ficou deste lado do oceano. Sinto pela terceira vez a voz daquela que me deu a vida: ela se desfaz na terra molhada. 

 

No sangue tenho um quilombo, o mestiço, o caboclo, a cerâmica quebrada, o chocalho, o ferro, a palha, a cabaça, a lança: eles fluem por cada parte do corpo, aquele que não se diz o nome. Sou o machado, e a folha da erva: um lado cura o outro: ninguém apaga. A promessa escrita na areia: o vento não consegue juntar as palavras. Inclino o corpo, dobro os pés, os joelhos no chão, a cabeça toca três vezes: primeiro ao centro, à direita, e à esquerda: meus ancestrais sorriem em meus caminhos. Quando nas águas, peço em silêncio, também sou água, e nela me renovo: três vezes. 

 

A vida carrega no ventre meus irmãos, no corpo: tinta de guerra, e as marcas do açoite. A morte não tem olhos, e pés rápidos: o berimbau suas mãos não tocam. Capoeira, maculelê, e samba de roda: ela mantém distância. Traz nos bolsos folhas de mamona, o tempo daqueles que não podem ser cicatrizados, antes que fios se rompam. 

 

Na pedreira estão os machados. Quarta-feira, nas mãos ela tem pedras de raio, e eu tenho pedra de fogo, mas tenho meus pés descalços. O asfalto quente, outro navio, o barro permanece: não peço sangue, sinto o cheiro do tabaco, e o som dos atabaques: Zambi me trouxe. Zambi vai me levar.

 

Inédito, do livro “Um pedaço de chuva no bolso” - José Geraldo Neres.